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Mau hálito pode ser causado por problemas de estômago?





13 de abril, Dia do Beijo


No Dia do Beijo, especialista tira dúvidas sobre o assunto e dá dicas para os pacientes que sofrem de refluxo evitarem o problema


Aproximadamente 40% da população mundial é acometida pela halitose, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Além de causar desconforto, constrangimento e baixa autoestima, esse problema, que é popularmente conhecido como mau hálito, é um grande vilão do beijo e das relações interpessoais.


Apesar de recorrente, muitas pessoas ainda desconhecem os fatores que provocam este mal. É muito comum, por exemplo, que o mau hálito seja associado às doenças do estômago. Entretanto, de modo geral, não existe evidência científica que relacione os problemas gástricos à halitose, conforme reitera a gastroenterologista e coordenadora, em São Paulo, do Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (NAFAD), Carla Granja Andrade.


Mas apesar de os problemas gástricos, em especial a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE), não causarem o mau hálito, eles podem contribuir de forma indireta para seu aparecimento e piora. “A DRGE é quando ocorre de forma anormal o retorno do conteúdo do estômago - ácido, alimentos e líquidos engolidos - para dentro do esôfago, gerando sintomas. Este retorno pode muitas vezes gerar um mau hálito momentâneo ou, quando atinge a região da garganta e da boca, contribuir para inflamações locais que geram o mau hálito crônico”, esclarece.


A médica explica que o mau hálito, na maioria das vezes, tem origem em problemas bucais e processos inflamatórios e/ou infecciosos que geram proliferação de bactérias, como a saburra lingual - camada branco amarelada espessa que se forma na parte de trás da língua, os cáseos - bolinhas brancas na garganta, gengivite, tártaro, amigdalite, faringite, rinite e sinusite. Ela acrescenta, ainda, que uma parte pequena dos casos podem estar relacionados a estresse emocional e doenças pulmonares, metabólicas e renais, entre outras.


Como ficar longe desse problema


Para quem sofre de refluxo gastroesofágico, é importante ter em mente que o consumo de alguns alimentos e determinados hábitos podem piorar o retorno do ácido estomacal para o esôfago e, consequentemente, aumentar o risco de mau hálito.

Como, por exemplo, a ingestão de alimentos fermentativos, muito condimentados ou gordurosos e de bebidas gaseificadas e alcoólicas, além do tabagismo, excesso de peso e do hábito de comer pouco antes de deitar.


Carla, que atua na área de motilidade do aparelho digestivo e neurogastroenterologia há mais de 20 anos, destaca que uma boa forma de se evitar o mau hálito é por meio da ingestão de líquidos, já que a hidratação adequada permite uma salivação mais fluida.

Segundo a gastroenterologista, o tratamento da DRGE e de outros problemas gastrointestinais até pode contribuir para a melhora do mau hálito, mas como o problema pode estar relacionado a diversas causas, é necessário fazer esta avaliação. “E buscar ajuda profissional especializada para diagnosticar a causa da Doença do Refluxo Gastroesofágico e do mau hálito e tratá-los, pois, existem exames e tratamentos específicos para ambos”, complementa.

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