Sensação de sufocamento durante o sono pode assustar e causar desconforto. Veja dicas de especialista para evitar o problema O refluxo gastroesofágico consiste no retorno do alimento ou do suco gástrico ao esôfago; o que causa diversos sintomas, tendo entre os mais comuns o pigarro e dor na garganta e a azia, que é aquela famosa “queimação no estômago”. Porém, existem diversos outros sintomas que podem causar muito desconforto e até complicações. “Temos também outros sintomas não tão frequentes, mas que podem sim caracterizar a doença do refluxo, como tosse seca contínua; situações de engasgo noturno, que trazem para algumas pessoas uma sensação bem aflitante de sufocamento durante o sono; e temos também a ocorrência de uma dor torácica muito forte do lado esquerdo do peito, que muitas vezes se assemelha ao infarto do miocárdio", esclarece o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em endoscopia digestiva, Eduardo Grecco (CRM 97960 SP / RQE 49126). Segundo ele, apesar de os engasgos ou sufocamentos serem menos frequentes, são importantes, principalmente, pela sensação aflitante que provoca e pelo risco de comprometimento de outros órgãos no processo. “A sensação de sufocamento é muito ruim, alguns pacientes relatam que acham que vão morrer, e existe realmente o risco desse alimento descer para o pulmão e gerar complicações”, enfatiza o médico. De acordo com ele, os engasgos acontecem com mais frequência no período noturno, muito por causa da prática das pessoas de comer e se deitar em seguida. “Ao deitar a posição favorece o refluxo. É como se fosse um copo com água; se você virar, vai derramar. Por isso, as pessoas que sofrem com o refluxo precisam jantar cedo e devem levar de duas a três horas para dormir”, reafirma Grecco. Dicas para evitar o problema Conforme a explicação do médico, o principal fator para evitar esses episódios de sufocamento é a parte comportamental do paciente. “As pessoas que têm refluxo precisam fazer uma refeição mais leve no jantar; devem evitar alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas; tomar as medicações adequadas; usar travesseiros antirrefluxo; além de elevar a cabeceira da cama”, orienta o especialista. Para as pessoas que não conseguem bons resultados com medicamentos ou sofrem com efeitos colaterais, Eduardo Grecco afirma que a implantação do dispositivo Esophix pode ser uma alternativa para o problema. “Com o Esophix fazemos uma fundoplicatura endoscópica, que vai reduzir o espaço do hiato e, consequentemente, melhorar o funcionamento da válvula gastroesofágica, que se abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir que o suco gástrico penetre no esôfago; diminuindo drasticamente esse tipo de sintoma”, informa o médico reforçando que, de toda forma, sempre é necessário aliar o tratamento com as questões comportamentais.
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